quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Frases


"a vida de ator no Rio de Janeiro é cheia de incertezas e vicissitudes. Nenhuma garantia oferece" - O Mambembe - Arthur Azevedo.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Personagens 5

Mais uma do namorado doidinho!!! rss
PARTE 4 desse amor doentio!!! MEDO!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Marie Farrar

A infanticida Marie Farrar
Bertold Brecht (1898-1956)
Poemas do Manual de devoção de Bertolt Brecht Tradução de Paulo César de Souza
1
Marie Farrar, nascida em abril, menor
De idade, raquítica, sem sinais, órfã
Até agora sem antecedentes, afirma
Ter matado uma criança, da seguinte maneira:
Diz que, com dois meses de gravidez
Visitou uma mulher num subsolo
E recebeu, para abortar, uma injeção
Que em nada adiantou, embora doesse.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
2
Ela porém, diz, não deixou de pagar
O combinado, e passou a usar uma cinta
E bebeu álcool, colocou pimenta dentro
Mas só fez vomitar e expelir
Sua barriga aumentava a olhos vistos
E também doía, por exemplo, ao lavar pratos.
E ela mesma, diz, ainda não terminara de crescer.
Rezava à Virgem Maria, a esperança não perdia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
3
Mas as rezas foram de pouca ajuda, ao que parece.
Havia pedido muito.
Com o corpo já maior
Desmaiava na Missa. Várias vezes suou
Suor frio, ajoelhada diante do altar.
Mas manteve seu estado em segredo
Até a hora do nascimento.
Havia dado certo, pois ninguém acreditava
Que ela, tão pouco atraente, caísse em tentação.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
4
Nesse dia, diz ela, de manhã cedo
Ao lavar a escada, sentiu como se
Lhe arranhassem as entranhas. Estremeceu.
Conseguiu no entanto esconder a dor.
Durante o dia, pendurando a roupa lavada
Quebrou a cabeça pensando: percebeu angustiada
Que iria dar à luz, sentindo então
O coração pesado.
Era tarde quando se retirou.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
5
Mas foi chamada ainda uma vez, após se deitar:
Havia caído mais neve, ela teve que limpar.
Isso até a meia-noite. Foi um dia longo.
Somente de madrugada ela foi parir em paz.
E teve, como diz, um filho homem.
Um filho como tantos outros filhos.
Uma mãe como as outras ela não era, porém
E não podemos desprezá-la por isso.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
6
Vamos deixá-la então acabar
De contar o que aconteceu ao filho (Diz que nada deseja esconder)
Para que se veja como sou eu, como e você.
Havia acabado de se deitar, diz, quando
Sentiu náuseas. Sozinha
Sem saber o que viria
Com esforço calou seus gritos.
E os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos precisamos de ajuda, coitados.
7
Com as últimas forças, diz ela
Pois seu quarto estava muito frio
Arrastou-se até o sanitário, e lá (já não sabe quando) deu à luz sem cerimônia
Lá pelo nascer do sol. Agora, diz ela
Estava inteiramente perturbada, e já com o corpo
Meio enrijecido, mal podia segurar a criança
Porque caía neve naquele sanitário dos serventes.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
8
Então, entre o quarto e o sanitário diz que
Até então não havia acontecido a criança começou
A chorar, o que a irritou tanto, diz, que
Com ambos os punhos, cegamente, sem parar
Bateu nela até que se calasse, diz ela.
Levou em seguida o corpo da criança
Para sua cama, pelo resto da noite
E de manhã escondeu-o na lavanderia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
9
Marie Farrar, nascida em abril
Falecida na prisão de Meissen
Mãe solteira, condenada, pode lhes mostrar
A fragilidade de toda criatura. Vocês
Que dão à luz entre lençóis limpos
E chamam de abençoada sua gravidez
Não amaldiçoem os fracos e rejeitados, pois
Se o seu pecado foi grave, o sofrimento é grande.
Por isso lhes peço que não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pérolas no busão 4

Pérolas no busão 4

Há sempre alguém pra estragar uma bela frase!!!


Mulher: "Homem tem força no braço, mulher tem força na mente"
Homem: "SE NÃO FOR LOIRA"

sábado, 9 de outubro de 2010

Frases


"Amar, amar, o maior mistério da vida é amar"

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Personagens 4

o Namorado - Parte 3

Esse é o terceiro vídeo do namorado doido que persegue a namorado virtualmente!!1
Cada um com sua mania, né?!
Fazer o q?!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Todas as cartas de amor

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


- Fernando Pessoa

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Frases


"De todos os caminhos nessa vida há um caminho importante. É o caminho para o verdadeiro ser humano." - Dança com Lobos - Kevin Costner

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Personagens 3

Segunda parte do personagem que persegue a namorada virtualmente!!
Existe doido pra tudo!!!

O Namorado

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pérolas no busão 3

Pérola que ouvi de um senhor outro dia:

"Eu tinha um sobrinho que morreu com 44 anos, e ele literalmente morreu de burrice"


Eu fico imaginando o médico falando...... hora da morte: 15:30 / causa da morte: burrice!!


?????????

domingo, 26 de setembro de 2010

Frases


"A flor não acabava mais de preparar sua beleza no seu verde aposento."

- O Pequeno Príncipe _ Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 25 de setembro de 2010

Personagens 2

Já dizia Andy Warhol que todos teríamos os nossos 15 minutos de fama. E tem muitos que buscam a fama a qualquer custo e correm atrás dos famosos reality shows! Mandam seus vídeos mais do que esquisitos ou são escolhidos pela beleza ou pela estranheza e ficam muito feliz quando entra. Aí eles entram no programa!!! Que felicidade!!!
Muita coisa legal pela frente: participar de provas esquisitas, pagar micos, comer insetos, ficar pelado pra toda uma nação, brigar, chorar, e se não ganhar ficar implorando por um convite pra uma festa famosa!!

Tá, eu sei que muita gente gosta e que há muitas questões envolvidas, mas tem muita coisa "trash" em reality show.

Então, hoje um personagem que fala disso: ele faz um vídeo falando dele e manda pra seleção do reality! É o aspirante a participante de reality show!!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pérolas no busão 2

Continuando a série das maravilhosas coisas que se pode ouvir num transporte coletivo, a grande pérola de hoje é:

"MODA, não é coisa de Deus"


Oi?

Essa realmente me deu vontade de questionar a pessoa, mas ela ia me achar maluco se eu perguntasse! Tá então né!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Personagens 1

Vou começar, hoje, uma série de vídeos meus com algumas experimentações, com personagens que tô criando...

Hoje, o primeiro vídeo de um namorado meio obcecado pela ex-namorada que começa a persegui-la via web!!!!

O NAMORADO - 1

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Máscaras



"Todo corpo é uma máscara" - Donato Sartori


Anotações sobre a Palestra de Donato Sartori no CCBB promovida pelo Grupo Moitará

• Metade do século XVI – início da Commedia Dell Arte. Se contrapões ao teatro anterior religioso. Dura dois séculos e meio e termina com o teatro de Goldoni.
• 1947 – renasce a máscara nas universidades italianas.
• As máscaras da Commedia Dell Arte, nos anos 70, tinham que mudar para máscaras políticas, ser contemporâneas. Deveriam seguir seu tempo, deixar o lugar do rosto para se expandir, se dilatar.
• Antes do Teatro Grego existia o rito
• Oxila – disco de mármore, pedra, metal, que substituía o rosto das vítimas sacrificadas, sobretudo mulheres e jovens que eram sacrificados. Como o movimento cultural a oxila substitui as pessoas. A oxila ficava em cima de um pedestale ficava oscilando com o vento. Em algum momento um sacerdote pega a máscara e veste.
• A voz do ator sai dos espaços que tem entre o rosto e a máscara. As máscaras não chegaram a nós por causa do material feito: folhas coladas com resina (feita com fezes de vaca)
• Amleto Sartori pesquisou máscaras gregas. Elaborou algumas de couro, mas que não “reverberavam”. Eram meias máscaras.
• Máscaras megafônicas – Sartori achava que elas amplificavam a voz e as experimentou nos teatros gregos. Experimentou a máscara megafônica, a meia máscara e o ato sem máscara, e o resultado era o mesmo. As megafônicas, ele prefere chamar de vibrafônicas.
• O movimento com a máscara parece que muda a sua expressão.
• A máscara romana é cópia da grega. Também traz o rito.
• A máscara nórdica traz novidades. Máscara de guerra. Cabeças de animais, cães, ursos...
• No segundo período medieval, a Igreja cuidava e exterminava a cultura. O teatro não era profissional porque não era permitido. E os atores eram do povo e representavam eles mesmos. Quem quisesse fazer alguns papéis tinha que pagar. A Igreja volta a usar máscaras e cria máscaras diabólicas e as do paraíso.
• O povo, apesar da Igreja, continuava a usar máscaras, de animais subterrâneos.
• Elechin – cavaleiro, rei do inferno, que cavalgava no céu com os mortos na época do solstício. Daqui veio a crença do purgatório.
• Renascimento – o teatro começa com a Commedia Dell Arte. Começa a profissionalização. Substitui o teatro religioso.
• Arlequim é um dos últimos personagens a ser criado na Commedia Dell Arte.
• Martineli (ator) vai à França e volta a Itália com o personagem.
• No “Inferno” de Dante – 1300 – o maior diabo chama-se Alechin
• Arlequim não é italiano, ainda que tenha sido tomado por um ator italiano.

A Escarrada

É tarefa penosa fazer cinema!!!
Ainda mais quando não se tem nenhum dinheiro!!!
Mas com a juda de amigos, familiares, profissionais sensacionais e muita criatividade a gente consegue!

Depois de muitos percalços, meu filme, que, sem querer ser pretencioso, passa por um universo Rodrigueano, ficou pronto e tá na web!

"A Escarrada" com Cláudia Ventura, Marcos França e Alexandre Dantas.

domingo, 19 de setembro de 2010

Pérolas no busão 1

Morando numa cidade grande, e não tendo carro, passamos boa parte de nosso tempo dentro de ônibus (e kombi tbm)! E muitas coisas acontecem nesses divertidos tranportes coletivos: comemos, ouvimos música - nossa e a dos outros -, conversamos, falamos ao telefone, somso assaltados, enfim, várias coisas do nosso cotidiano feliz de cidade grande!

E dentro do busão a gente ouve um monte de coisa. E eu passei a anotar algumas pérolas!!!!

A primeira da série:

"Esse menino fala muito difícil, fica estrogonofando aí..."

sábado, 4 de setembro de 2010

SER OU NÃO SER

"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação"

- William Shakespeare